18 junho 2009
Quem tem amigos tem um tesouro
17 junho 2009
Paciência aos que não me entendem
08 junho 2009
1969 errou
RIO DE JANEIRO - Era 1968, 69, por aí. Ia nascer uma nova consciência, uma nova cultura, uma nova era, diziam. Todos teriam o direito de ficar na sua, chamar uns aos outros de bicho e nunca mais tomar banho. Uma geração que até bem pouco se deliciava com Ovomaltine e Grapette estava agora descobrindo a maconha, o ácido, a mescalina, o cogumelo, o ópio e outras substâncias proibidas.
Os novos heróis eram escritores como Carlos Castaneda, Timothy Leary, William Burroughs. Até o venerando Aldous Huxley, morto desde 1963, fora "redescoberto". Em seus livros, eles demonstravam como as drogas abriam as "portas da percepção" e revelavam fabulosos mundos interiores, tornando seus usuários pessoas especiais, talvez até superiores.
A certeza de que as drogas seriam privilégio de uma plêiade adulta e responsável fez com que muitos pregassem sua liberação, mesmo que pessoalmente não se interessassem por nada mais radical do que fumar cachimbo ou mascar chicletes. Mas, para a imaginação liberal daquele tempo, era irresistível o argumento de que ninguém, muito menos o Estado, poderia proibir o cidadão de dispor de seu corpo e de "expandir sua mente".
Bem, isso foi há 40 anos. Por mais mentes "expandidas", ninguém então imaginou as cenas que vemos hoje pelo Brasil: gerações convertendo-se ao tráfico para sustentar sua dependência, crianças de 8 anos fumando crack nas esquinas e morrendo à luz do Sol, e bocas de fumo controladas até por patuscas e insuspeitas mães de família.
Quem poderia prever que aquele sonho mágico se tornaria um negócio de bilhões -o narcotráfico-, responsável pelo esgarçamento do tecido social, a destruição de famílias em massa, a corrupção da polícia, os assassinatos sem conta, a vitória do submundo? Decididamente, 1969 errou longe.
Artigo da Folha de São Paulo postado por Artigos em 01/06/09
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Cabe aqui uma reflexão.
Até que ponto conseguimos prever os impactos futuros de nossas ações?
Até a próxima.
06 junho 2009
O segredo da concha
16 maio 2009
Frase de impacto
01 abril 2009
Uma nova vida
27 março 2009
Desejo
Título original: Os votos
Sérgio Jockyman
Pois, desejo primeiro que você ame
e que amando, seja também amado,
E que se não o for, seja breve em esquecer
e esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos e que,
mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis,
E que em pelo menos um deles você possa confiar,
que confiando, não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim,
desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
você se interpele a respeito de suas próprias certezas
E que entre eles haja pelo menos um que seja justo,
para que você não se sinta demasiadamente seguro.
Desejo, depois, que você seja útil, não insubstituivelmente útil,
Mas razoavelmente útil.
E que nos maus momentos, quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente,
E que essa tolerância não se transforme em aplauso nem em permissividade,
Para que assim fazendo um bom uso dela,
você dê também um exemplo para os outros.
Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais
e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer
e que, sendo velho, não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.
Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo,
nem em um mês e muito menos numa semana, mas apenas por um dia.
Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom,
o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra com o máximo de urgência,
acima e a despeito de tudo,
Talvez agora mesmo, mas se for impossível, amanhã de manhã,
que existem oprimidos, injustiçados e infelizes,
e que estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos,
se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão
e ouça pelo menos um joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal.
Porque assim você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
por mais ridícula que seja, e acompanhe o seu crescimento dia-a-dia,
para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
porque é preciso ser prático.
E que, pelo menos uma vez por ano,
você ponha uma porção dele na sua frente e diga:
Isso é meu. Só para que fique bem claro quem é dono de quem.
Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal,
não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que esse frugalismo não impeça você de abusar quando o abuso se impõe.
Desejo também que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você.
Mas que, se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.
Desejo, por fim, que sendo mulher você tenha um bom homem,
E que sendo homem, tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez,
E novamente, de agora até o próximo ano acabar,
E que quando estiverem exaustos e sorridentes,
ainda tenham amor para recomeçar.
E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar.
06 março 2009
A dor do não vivido
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advêm das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados pela eternidade.
Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e de que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
04 março 2009
37 semanas
20 fevereiro 2009
Já dizia Raul...
17 fevereiro 2009
...Queria muito entender isso!
Estranho. Fazia algum tempo que essas neuras da lingua portuguesa não populavam minha mente. Agora, com a reforma ortográfica, volto a vigiar meus escritos.
A frase no título recentemente me chamou a atenção. E lá fui eu para minhas pesquisas insanas entender o tal do “pretérito imperfeito do indicativo”.
A wikipédia diz que “expressa o passado inacabado, um processo anterior ao momento em que se fala, mas que durou um tempo no passado, ou ainda, um fato habitual, diário. Por isto, chama-se este tempo verbal de pretérito imperfeito, pois não se refere a um conceito situado perfeitamente num contexto de passado.”
“Coisa maluca, sô! Tinha que ser língua inventada por português mesmo.” Pensei eu com meus botões. Aí percebi que outras línguas também possuem o tal do “imperfeito” e provavelmente não haverá sido invenção dos portugueses.
Bom! Encucado com a tal da escrita fui logo dar um jeito de pegar uma cartilha e voltei a navegar (tô começando a achar que nasci para ser marinheiro. Qualquer coisinha e já tô eu navegando). E não é que achei um guia prático da Michaelis. Mas o guia não fala nada do tal "imperfeito". Imaginava eu, em minha simplória ingenuidade, que a nova ortografia ia além de meras alterações de acentuação ao ponto de chegar às regências verbais. Ledo engano!!!!!
Quer saber! Perdi a paciência. Imperfeito é imperfeito. Diz que quer mas não quer, que tem vontade mas passou, que deseja mas já acabou.
Tô chegando à conclusão que português é uma língua imperfeita...
08 fevereiro 2009
A cada dia o mundo morre um pouco
25 janeiro 2009
Pensamento voa
...não como está, mas como estaria.
...não como era, mas como seria.
...não tão longe, mas estando longe.
...não tão perto, mas decerto...
...não chorando, mas sorrindo.
...não implorando, mas doando.
...não amando, mas enganando.
Penso em você.