31 maio 2006

Paroles Et Silence

Paroles et Silence
De Florian Bernard

(Tradução para o português)
Palavras e Silêncio

Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio e contemplação para apreciá-las em toda a sua plenitude.

É necessário tão poucas palavras para exprimir a sua essência. As grandes falas servem freqüentemente só para confundir ou doutrinar. O silêncio é freqüentemente mais esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhe para uma mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito bem tudo o que quer sem dizer nenhuma palavra.

Na realidade, as palavras devem ser a embalagem dos pensamentos. Não adianta fazer discursos muito longos para expressar os sentimentos de seu coração. Um olhar diz muito mais que um jorro de palavras.

Creio que, em sua grande sabedoria, a natureza nos deu apenas uma língua e dois ouvidos para que escutemos mais e façamos menos discursos longos.

Se um texto não é mais bonito do que o silêncio, então é preferível não dizer nada. Esta é uma grande verdade sobre a qual os grandes dirigentes deste mundo deveriam meditar. Quanto mais o coração é grande e generoso menos palavras se tornam úteis...

É necessário se lembrar do provérbio dos filósofos: as verdadeiras palavras não são sempre bonitas, mas as palavras bonitas nem sempre são verdades

É características das grandes mentes fazer com que em poucas palavras muitas coisas sejam ouvidas . As mentes pequenas acham que têm, pelo contrário, a concessão para falar e não dizer nada. Falam bobagens, mas há aqueles que sabem o que escutar para colher.

Se poucas palavras são necessárias para dizer "eu gosto de você", todas as outras que poderiam ser ditas são supérfluas...

Sim e não são as palavras mais curtas e fáceis de serem ditas mas são aquelas que trazem as mais pesadas conseqüências

São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio.

Ser comedido em suas palavras não é um defeito mas prova de profunda sabedoria.
Aquele que fala muito quase nunca tem sucesso para organizar as coisas .Tende antes a confundir .
============Texto Original ==============

Paroles et Silence
(Florian Bernard)

Il y a parfois des choses qui sont trop belles pour être décrites par des paroles. Il faut les admirer dans le silence et le recueillement afin de les apprécier dans toute leur plénitude.

Il faut si peu de mots pour exprimer l'essentiel. Les grands discours ne servent souvent qu'à embrouiller ou endoctriner. Le silence est souvent plus révélateur qu'un flot de paroles. Regardez une mère avec son enfant au berceau. Celui-ci sait très bien obtenir tout ce qu'il veut sans dire le moindre mot.

En réalité, les paroles doivent être l'emballage des pensées. Il ne sert à rien de faire de longs discours pour exprimer les sentiments de son coeur. Un regard en dit davantage qu'un déversement de paroles.

Moi je crois que dans sa grande sagesse, la nature nous a donné une seule langue, mais deux oreilles pour que nous écoutions davantage et que nous fassions moins de longs discours...

Si un discours n'est pas plus beau que le silence, alors il est préférable de ne rien dire. C'est une grande vérité que les dirigeants de ce monde devraient méditer. Plus le cœur est grand et généreux, moins les paroles sont utiles.

Il faut se rappeler l'adage des sages et des philosophes: les paroles vraies ne sont pas toujours belles, mais les belles paroles ne sont pas toujours vraies...

C’est le caractère des grands esprits de faire entendre en peu de paroles beaucoup de choses. Les petits esprits, au contraire ont le don de beaucoup parler, et de ne rien dire. Qui parle sème, mais celui qui sait écouter récolte.

S’il ne faut que deux mots pour dire «Je t’aime», toutes les autres paroles qu’on pourrait alors prononcer sont superflues...

Oui et non sont les mots les plus courts et les plus faciles à prononcer, mais ce sont ceux qui entraînent souvent les plus lourdes conséquences.

Il faut environ deux ans à l'être humain pour apprendre à parler et toute une vie pour apprendre à se taire.

Etre avare de ses paroles n’est pas un défaut, mais une preuve de sagesse. Celui qui parle beaucoup ne réussit guère à arranger les choses; il a plutôt tendance à les embrouiller.

17 maio 2006

O Pequeno Príncipe - Sou brasileiro e não desisto nunca (parte III)

Somos carentes, uns carentes de necessidades financeiras, outros de necessidades sociais, mas todos de sentimentos.
Aliás, o combustível de todos os homens é o sentimento, tanto bom quanto ruim. Todos nós buscamos o reconhecimento do valor pessoal, buscamos ser de alguma importância para um determinado grupo ou, pelo menos, para alguém.
Outro sentimento extremamente vinculado ao reconhecimento é a confiança. Somente nós sabemos o nosso real valor, a dimensão exata que ele tem, portanto nada mais justo que pensarmos duas vezes antes de confiarmos tanta preciosidade nas mãos de outrem. O mesmo vale no caminho inverso, o grupo ou a pessoa também vai ponderar bastante até confiar plenamente (Falar de confiança é assunto pra mais de metro, então vamos falar somente sobre ela num outro momento). Mas, ainda no assunto confiança, de uma coisa sabemos: ela está intimamente ligada à conquista, à maneira de dar atenção, ao cuidado dedicado ao outro.
Pronto! Conquistou?
Então quebrou a barreira da confiança!
Confiou?
Então não pode vacilar porque está cuidando de algo muito valioso e imensurável: o sentimento do outro. Em outras palavras, alguém criou um sentimento por você e espera que você não o decepcione. Qual sentimento? Bem! Varia do tipo de relação que há entre cada um. Profissional, financeira, emocional, psicológica, por afinidade... Por aí vai.
Todos somos responsáveis pelos cuidados do outro e é isso que fará a diferença. Todos nós nos tornamos importantes, o que muda é a maneira como nos mantemos e cuidamos dessa importância. Simples, mas também complexo. Simples porque conquistar é fácil, complexo porque lidamos com o outro, com os sentimentos do outro, e o outro é sempre uma caixinha de surpresas.
Tudo bem! Não é motivo de preocupação. Haverá erros, haverá tropeços, mas um pequeno detalhe NUNCA, NUNCA MESMO, deverá ser esquecido: a constante preocupação e o cuidado com o outro, com as conseqüências dos atos feitos ou não feitos, das palavras ditas ou não ditas. Qualquer estrago feito por ação ou palavra deve ser corrigido o mais rápido possível porque, em última instância, o que está em jogo é a conquista, a confiança, a pessoa que se tornou cativa de nós por confiar o que tem de mais importante, seu valor.

Todos somos príncipes, todos somos ricos, pois todos temos muitas riquezas que a cada dia crescem mais, as pessoas, suas afinidades, seus valores, e a importância que nos dão por nos oferecerem suas pérolas. Saint Exupéry foi muito feliz em seu livro O pequeno príncipe.
Nossos governantes precisam ler histórias infantis, pelo menos eles aprenderiam a ver que nós mantemos nossos valores desde a infância, embora estejamos crescidos. Aí eles veriam também que não é preciso investir tanto dinheiro para ser eleito e para atingir uma determinada meta, basta a conquista da confiança por realmente proporcionar a nós todos o que necessitamos, o nosso reconhecimento como gente, como nação, como um povo merecedor de dignidade por ter um valor único, o de ser brasileiro. Aos governantes deixo a frase:
“Tu te tornas inteiramente responsável por aquilo que cativas”