22 novembro 2005

Investimento é crescimento.

Durante minha leitura em um livro técnico de minha área, me deparei com a máxima da economia “quanto maior o risco, maior o retorno”.
Caramba! Com essa frase eu parei. Literalmente!
Parei e comecei minhas divagações (Ih! Lá vai ele de novo). Bendita fase de aproveitamento e eliminação. Como eu consigo estudar tanto, me aprofundar tanto em determinado assunto e não me atentar que ele está diretamente associado ao meu dia-a-dia? Em momentos em que não o estarei aplicando? Fiz uma regressão da minha vida (calma! Nada a ver com aquela de vidas passadas.) até a minha infância.
Eu adorava quebra-cabeças, brinquedos criativos, jogos estratégicos, enfim, coisas que envolviam decisões, escolhas e empreendimentos.
Interessante! Esses jogos infantis acabam nos preparando para o jogo real da vida. No tal do “Banco Imobiliário” eu ficava p... quando não agregava muitos bens ou tinha pouco dinheiro. Mesma coisa no “War”, eu queria ir além do meu objetivo estipulado. Xadrez? Não bastava ganhar, tinha que elaborar as jogadas para cercar bem o inimigo e impossibilitar várias peças suas de reação. Em outras palavras, não seria um desenvolvimento de ambição? De posses? De estratégias de ganho? De querer levar e ter vantagem em tudo? Sim. Ainda bem que nos outros esportes (basquete, futebol, escotismo) eu aprendi o significado da equipe e aprendi também a perder e a ser prudente, senão seria um déspota completo.
Mas e a vida? E o dia-a-dia? O que isso tem a ver com o tal “quanto maior o risco, maior o retorno”? Bem! Arriscar é decidir, é ousar, é assumir erros e se preparar para perdas. Não sou um Rockfeller ou um Bill Gates da vida mas tenho certeza que hoje eu sou muito mais rico em termos de pessoa, digo riqueza de conhecimento, do que a 20 anos atrás. Nem tenho noção de quanto dinheiro desperdicei em minha vida por investimentos ingênuos ou por falta de visão de futuro.
Não quero aqui que você vivencie sua vida como se estivesse o tempo todo jogando. Em hipótese alguma! Na verdade, é a vida quem ensina a arte. Nesse jogo da vida somos todos jogadores. O problema é só ter a visão DO QUÊ a gente procura conquistar. Adianta dinheiro se não há felicidade? Adianta status se não há paz? Adianta posses se não há tranqüilidade? Muitas vezes precisamos abrir mão do que mais AMAMOS e nos APEGAMOS para podermos ter novas conquistas, ampliar nossas opções, enfim, crescer espiritualmente e socialmente.
São Francisco estava certo quando buscou pobreza total. Quando temos ausência absoluta de tudo que nos prende ao mundo, não temos porque nos preocupar. Acabou o problema, foi extinto desde a sua origem. É possível ficar todo o tempo se voltando ao Divino, ao Amado. É possível cultivar e elevar a alma para algo maior, mais perene. O corpo não passa de matéria, quando morre se deteriora. A alma não, ela cresce e diminui com nossos investimentos.
Para encerrar, faço das minhas palavras as de meu xará, “Jack di meu Deus”.
“Só a alma é intocável.”

17 novembro 2005

“Fez caca? Junta, joga fora e limpa.”

No artigo anterior eu falei sobre a pressão e a conseqüência dela em nossas vidas. Pra terminar ainda deixei uma perguntinha clássica: “como juntar as penas do travesseiro que foi rasgado no alto do prédio?”

A primeira frase responde claramente essa pergunta, não? Será que responde mesmo? Vamos lá!

Nos alimentamos diariamente para sustentar nosso corpo, dar-lhe a energia necessária para o seu funcionamento. O excesso desses alimentos, adicionado de outros ”excessos” produzidos, forma a “caca” (ou para ser mais claro, as fezes).
A princípio essas fezes seriam de total inutilidade para nós. No entanto, são usadas para muitas coisas. Dentre elas, a produção de gás e adubo.
Isso mesmo! Produção de adubo. O mesmo adubo que é utilizado para os alimentos. Para fertilizar a terra e fornecer mais nutrientes aos alimentos produzidos, enfim, para facilitar o seu desenvolvimento.

Então! Como juntar as penas do travesseiro que foi rasgado no alto do prédio?

Fez caca? Junta, joga fora e limpa?

Não! Em hipótese alguma! A m....... que fazemos serve para o nosso desenvolvimento. Em outras palavras, a caca nunca deve ser jogada fora. Na verdade, ela deve ser colhida, vistoriada, observada, “ruminada” por nós com todo o nosso ser (mente, corpo, alma) para percebermos quão grande é o amor e a misericórdia de Deus.

Caso contrário, porquê Ele diria “amai-vos como eu vos amei”?

Prestaram atenção no verbo? AMAI-VOS!!!!
Nos amar como Ele nos ama. Nos amarmos no mesmo nível que Ele, com a mesma misericórdia, com a mesma compreensão.
Muitas vezes pensamos que nossa m....... não pode ser reparada (E isso é verdade! Um vaso quebrado será sempre um vaso quebrado), não nos perdoamos por nossos erros, não nos permitimos um novo crescimento. Porém, não percebemos que essa mesma m....... também é um dos caminhos para o AMOR. É um dos instrumentos usados por Ele para entendermos Sua sabedoria, e de utilidade ao nosso desenvolvimento. É um adubo para nossa espiritualidade.

“...mas se Ele não amasse,
O que seriam das flores?
Existiria você?”

...mas, e se Ele realmente não amasse?

Errar é humano!
Perdoar e poder aprender com os próprios erros é um dom Divino!
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16 novembro 2005

Sobre a pressão (no sentido social)

Recentemente li um texto e uma frase dentro desse texto me chamou a atenção: “Uma questão relacionada à pressão é que, às vezes, ao invés de pressionar, obtêm-se o efeito contrário. A angústia em resolver uma situação torna-se uma pressão que você cria contra si mesmo e, conseqüentemente, sem benefício para uma negociação. As pessoas têm tanta pressa de resolver as coisas que terminam não tendo a paciência necessária. O melhor caminho é insistir na solução por meio do dialogo.” (Luiz Oswaldo S. M. Souza) Hoje, com toda a correria da globalização e o excesso de informação existente, pressão é algo constante em nosso cotidiano, afetando inclusive a família que convivemos. Em função disso, na oração citada, percebi uma “pitadinha” de sabedoria que nos remete àquela famosa frase: “a pressa é inimiga da perfeição”. Sabemos que devemos ser ponderados, mais reflexivos antes dos atos mas muitas vezes estamos tão envolvidos que vamos atropelando as coisas sem observar as conseqüências causadas. Aí, meus amigos, quando a sineta toca (ou o anjinho fala no ouvido) já é muuuuuito tarde. A m...... ta feita! Tem gente arrebentado pra todo lado, psicologicamente, emocionalmente, profissionalmente, de tudo quanto é jeito possível de estar. Aí cabe aquela perguntinha: “Como juntar as penas do travesseiro que foi rasgado no alto do prédio?” Bom pensar a respeito, não acham? Posted by Picasa