22 dezembro 2012

A mendiga e o rock.

Gosto do Angra, a banda de rock, e por vários motivos. Um deles é o estilo, outro motivo é a riqueza e qualidade musical dos seus componentes, e por último, as letras.

Tenho certa preferência especialmente pela música “Lisbon”. Trata-se de uma oração.

O Angra disse que a letra foi feita quando eles passeavam na madrugada pelas ruas de Lisboa e encontraram uma mendiga cantando nas escadas de uma igreja exatamente a letra de “Lisbon”.

Certo! Mas porque cargas d'água Lisbon é minha preferida. Simples! Porque é prova viva e recente do que São Francisco sempre disse, os pobres estão mais perto de Deus.

A mendiga chora por ser ninguém, por ser ignorada, por não ter o minimo necessário, a dignidade humana. E clama isso a Deus, só o que lhe resta.

Tá bom! Você vai dizer “e o que Deus faz para atender essa mendiga?” A resposta é simples. Ele dá o pão de cada dia. O maná é diário, o sustento necessário para viver.

“Ah, mas isso é muito pouco”, diz você. Eu concordo porque estamos numa sociedade capitalista onde o dinheiro é o que move nossas fúteis necessidades. Mas houve um tempo que não havia dinheiro e que o sustento era o que você produzia ou tirava da natureza. E deste modo, a única coisa que existia era sua fé em algo que não se explica.

A mendiga, apesar de sua condição, não perde a fé e fica ao pé da casa de Deus clamando por ajuda, porque os irmãos homens a ignoram. Qualquer pessoa com o mínimo de compaixão sabe quando uma oração é sincera e pode ser um anjo para a pessoa que clama.

Interessante é que isso está numa música de rock. Justamente o rock que muitos rejeitam, como a mendiga.

Obrigado ao Angra pela sensibilidade de colocar no rock uma canção sincera de alguém que é ouvido por Deus.

Lisbon (Lisboa)

Everynight I say a prayer (Todas as noites eu faço uma oração)
Look at me: nobody cares (Olhe para mim: ninguém se importa)
Just a mirror, passing by... (Apenas um espelho, passando...)
Looked inside: (Olhei por dentro:)
I've lost my pride! (Eu perdi meu orgulho!)

Stay with me not for so long (Fique comigo não por muito tempo)
It's alright: no needs, no hope (Está tudo bem: Sem necessidades, sem esperança)
Such a miracle, (É um milagre,)
looking back... (Olhando para trás...)
Times gone by, (Eras passam,)
and life wasn't bad...! (E a vida não era ruim...)

Lord, light my way (Senhor, ilumine meu caminho)
Fill these withered, (Preencha estas mãos)
careless hands... (descuidadas e sem vida...)

Oh, skies are falling down (Oh, os céus estão caindo)
Skies are falling down (Os céus estão caindo)
Oh, skies are falling down (Oh, os céus estão caindo)
Skies are falling down (Os céus estão caindo)

See, the birds are back... (Veja, os pássaros estão de volta...)
At the docks and everywhere (Nas docas e em qualquer lugar)
Here in Lisbon, realized (Aqui em Lisboa, eu percebi)
This whole world (Que todo este mundo)
so strange and divine (É tão estranho e divino)

Lord, light my way (Senhor, ilumine meu caminho)
Fill these withered, (Preencha estas mãos)
careless hands... (descuidadas e sem vida...)

Oh, skies are falling down (Oh, os céus estão caindo)
Skies are falling down (Os céus estão caindo)
Oh, skies are falling down (Oh, os céus estão caindo)
Skies are falling down (Os céus estão caindo)

03 junho 2012

Fim dos tempos

Enfim, Junho de 2012. Estamos a poucos meses do fim da raça humana. Calma! Não fui eu quem disse, foram os Maias. De acordo com eles, nossa raça acabará em 21.12.2012.

'Tao tá! Caso seja uma verdade pergunto o que você faria? Qual a sua prioridade?

No meu caso ficaria desde agora voltado para Deus. Primeiro pra pedir perdão por minha irresponsabilidade em gerar uma pessoa que nem sequer terá chance de se proteger; segundo pra pedir orientação sobre o que devo fazer nesse pouco tempo que me resta e; terceiro pra pedir força pra que não sofra demais.

Tá certo que se isso fosse um fato eu com certeza seria também mais inconsequente. Faria coisas do tipo ir à concessionária e comprar um Porsche carrera bi-turbo. Também encomendaria um jatinho da Embraer. Assim poderia ver algumas cenas do final, poderia gravar um filme e deixar como relíquia para o futuro. Se bem que não existiria um humano sequer pra poder manter a história da raça, né!

Viagens à parte, independente de ser verdade ou mentira, não está excluída a necessidade de sempre se voltar a Deus. Afinal de contas, a algum tempo atrás Ele mesmo disse que voltaria para separar o joio do trigo, né!

Até a próxima.

26 fevereiro 2012

O amor, antes de sentimento, é decisão.

Vale filosofar essa frase. Muito se fala do amor em suas várias definições: amor de pai, de mãe, de irmão, de amantes, de amigos, amor ID, amor Ego, amor, amor, amor...

Mas pouco se fala que todas essas opções existentes de amor são recheadas de atos e pensamentos, sejam eles conscientes ou não.

Fato é que o melhor do amor só se alcança com a maturidade, não da idade mas da percepção do semelhante e da influência em seu meio pessoal de vida.

Ora! Simples de dizer, dificil de viver. Teoria é fácil, põe em prática isso. Vai dizer que é simples ouvir algo que discorda ou estar diante de algo que te incomoda e simplesmente pensar "isso é passageiro, não vale o desgaste".

Então! N'é mole, não! Somos capacitados, aliás, diferenciados por sermos racionais, ou seja, podemos dominar/controlar nossas emoções. Em outras palavras, temos condições de optar pela melhor alternativa em cada decisão que tomamos, seja ela afetiva ou não.

Portanto, por mais emotiva que qualquer pessoa seja, ela sempre saberá ou perceberá quando o sentimento é demasiado ou reduzido e ainda assim poderá tomar a decisão se permanecerá naquela situação ou se simplesmente fará a "hora da mudança".

Vale muita filosofia pra frase do título, mas a intenção não é elaborar textos longos. A intenção é simplesmente mostrar que se você está bem ou mal por um amor é porque a escolha foi sua, ainda que influenciado. Mas se você permanece bem ou mal neste amor é porque, no mínimo, não arriscou o suficiente na vida para tomar as decisões certas.

Digo isto porque o cérebro humano é um registro interminável de resposta para experiências vividas. Se ousamos pouco descobrimos pouco, se ousamos muito descobrimos muito.

Opa! Mas nem todos os registros do cérebro precisam ser vividos, eles podem ser repassados por meio de conhecimentos acumulados. Sim! A frase é correta. O problema é: quando o assunto é o amor valem experiências dos outros? Valem textos e mais textos de teóricos?

Portanto, faça o que de melhor o ser humano faz, viva, experimente e alimente seu cérebro de respostas para que suas escolhas sejam cada vez melhores na hora de decidir amar.

Duas certezas

Do que quero e o que não quero
Muitas delas eu digo
Do que sinto e o que não sinto
Poucas delas eu digo.

Das duas certezas que tenho,
Uma eu chamo de segunda vida,
A outra, cansaço momento.

Da segunda vida não crio empecilhos,
Do cansaço momento faço o norte da vida.
Pra segunda vida eu faço tijolos,
Do cansaço momento eu penso
O que vai nos tijolos.

Se na segunda vida não levo nada,
No cansaço momento hei de ter tudo.